Recessão, Desemprego e Crise Europeia são três razões para se abrandar o ritmo de austeridade. Poul Thomsen, líder da equipa da troika, já o admitiu.
“Temos de que abrandar um pouco no que diz respeito ao ajustamento orçamental e andar muito mais depressa na implementação de reformas estruturais”, afirmou ontem o representante do FMI numa entrevista ao jornal grego Kathimerini.
A troika tem estado errada relativamente às suas previsões, tendo sido bastante optimista. Por exemplo, em relação à taxa de desemprego média para 2011, estava estimada em 12,1%, tendo ficado nos 12,5%. Para 2012 a troika prevê uma taxa média de 13,7%, mas o Banco de Portugal tem uma perspectiva mais pessimista: estima que esteja em níveis “historicamente elevados” até 2014, noticia o jornal Dinheiro Vivo. “É sempre muito difícil fazer essa estimativa. Nunca se sabe qual é a medida certa”, explica Miguel Beleza, antigo ministro das Finanças.
Pedro Passos Coelho, primeiro-ministro de Portugal já tinha afirmado que os acordos serão cumpridos “custe o que custar”. Enquanto uns empurram para um lado e outros para o outro, João Rodrigues, do Centro de Estudos Sociais da Universidade de Coimbra, considera que esta diferença nas declarações públicas é reveladora: “Quando temos um responsável do FMI e um membro de um Governo nacional com os papéis invertidos, é surreal. Diz-nos que este Governo é feito por gente ideologicamente fanatizada.”
No segundo trimestre espera-se, então, uma suavização das metas.
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