A crise grega está a ter um efeito de contágio que está a afectar Portugal. Segundo Gonçalo Pascoal, economista chefe no Millenium BCP, Portugal tem sido traído mais por factores externos do que propriamente falhas internas.
No entanto existem importantes aspectos a referir no que toca ao cenário em que se encontra a economia portuguesa:
- Prevê-se que a economia portuguesa contraia 3% em 2012;
- O desemprego de 13,6% é um dos maiores da zona euro;
- Espera-se que a dívida pública portuguesa atinja os 112% do PIB este ano, em comparação com os 190 da Grécia;
- Em Setembro de 2013, Portugal vai ter de pagar 9 mil milhões de euros de dívida;
- Grécia e Portugal são os únicos países da zona euro a serem classificados como “lixo” pelas três maiores agências de rating internacional;
- Portugal aproxima-se cada vez mais da bancarrota.
É sob este pano de fundo que Portugal deverá pedir um segundo resgate. Portugal luta para cumprir o plano internacional e segundo o que o primeiro-ministro português, Pedro Passos Coelho disse na passada terça-feira, Portugal vai cumprir com o acordo assinado em Maio “custe o que custar”.
Com as negociações entre a Grécia e os credores privados a decorrer, o mais certo é que Portugal, de acordo com o New York Times, vá querer também “um desses” nos próximos dias, disse Edward Hughes. “Portugal não tem nada a perder, excepto o peso da dívida”, afirma o analista.
“Vai ser duro para Portugal, mas estamos a falar de números diferentes, e o sistema fiscal português é muito mais eficiente”, disse Albert Jaeger, chefe da delegação do FMI em Lisboa. “A vantagem mais importante é que em Portugal existe um consenso político e social”.
Segundo o mesmo jornal, Portugal poderá enfrentar ainda uma das recessões mais graves do mundo ocidental.
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