sábado, 26 de novembro de 2011

“Só o incremento das exportações permitirá um futuro sustentável”

“Só o incremento das exportações permitirá um futuro sustentável”:

A continuidade do aumento das exportações só é possível se houver uma capacidade instalada para as empresas poderem exportar, alertou hoje António Saraiva, presidente da Confederação Empresarial de Portugal (CIP), ao defender que a médio prazo só o incremento das exportações permitirá um futuro sustentável para a economia nacional. António Saraiva discursava na abertura da XIV Conferência da Cunha Vaz & Associados, subordinada ao tema “Portugal: Ameaça ou Oportunidade?”, a qual contou ainda com a presença de Wolfgang Münchau do Financial Times, Raphael Minder do Herald Tribune, e Raul Lores da Folha de São Paulo. Três jornalistas que trouxeram um olhar externo e mais distante sobre os pontos fracos e fortes de Portugal.



No encontro, o presidente da CIP aproveitou para voltar a chamar a atenção para o facto de algumas empresas estarem já a enfrentar «dificuldades de financiamento», o que ditará, em breve, o incumprimento de entrega de encomendas. E advogou o incremento de parcerias entre-empresas para melhor se afirmarem no exterior!



Na conferência, onde marcaram presença mais de uma centena de empresários e políticos, procurou-se analisar diferentes perspectivas de cada continente sobre o actual momento que Portugal enfrenta e as expectativas para o futuro. Wolfgang Munchau, do Financial Times, defendeu ser preciso «ter consciência do impacto do programa de austeridade e perceber quais os limites para a negociação», já que, conforme referiu, «o maior desafio passa por conseguir manter o equilíbrio entre crescimento e poupança».



Por sua vez, o correspondente para a Península Ibérica do International Herald Tribune, Raphael Minder, considerou que a maior parte das medidas agora introduzidas já deviam ter sido implementadas anteriormente, de forma a combater alguns «problemas estruturais» do País.

Raul Lores, editor de Economia e Negócios da Folha de S. Paulo, chamou a atenção para a importância de parcerias e constituição de alianças estratégicas enquanto alavanca de crescimento.



A XIV Conferência da Cunha Vaz & Associados foi encerrada por Carlos Moedas, Secretário de Estado adjunto do Primeiro-Ministro, que partilhou a visão do Governo sobre o programa de ajustamento acordado com a troika e os seus impactos em Portugal.






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